Acabei de assistir o filme da Barbie e tenho alguns pensamentos pegando sobre ele.

Estou com dúvida sobre qual o público alvo desse filme, porque ao mesmo tempo que ele tem uma história fantasiosa ela é tratada de um certo jeito que claramente não é infantil.

Minha impressão é que ele é mais para tratar sobre os sentimentos relacionados a Barbie, às mulheres, a troca do papel da Barbie e da mulher nesses tempos e a influência do papel que os brinquedos tem nos adultos.

Fico pensando em como interpretar as partes fantásticas envolvendo o fantasma da criadora da Barbie, porque minha sensação é que ela não tem poder mais sobre nada, talvez quase como se esse poder estivesse sendo atribuído em reverso.

Acho que ainda tem muita coisa pra eu pensar sobre o filme, tenho que digerir dele direito.

  • Responsabilidade@lemmy.eco.br
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    1 year ago

    Só lembrando que o público alvo desse filme são as crianças que brincavam de Barbie nos anos 90, atualmente com seus 30 anos

    Não é um filme infantil

  • dirlididi@lemmy.eco.br
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    1 year ago

    Barbie é pg-13. Não foi feito para crianças, mas pensando nessa classificação acima de 13 anos.

    É mais fácil ver o filme como um grande comentário de Greta (adoráveis mulheres e lady bird) fazendo a barbie olhar pra si. Fantasia e usar um pouco do absurdo é algo que a Greta já estava explorando e um terreno mais confortável pro próprio noam bauchman (parceiro da Greta que TB assina o roteiro do filme).

    Acho que vc só consegue ver o filme hj tomando como base do que foi o próprio Lego movie. Foi a primeira referência que me veio a cabeça depois de ver o filme.

    Algo importante é que a Barbie é pós “me too”. Dentro do ideário cultural americano o feminismo passou a explorar mais a sororidade e aceitação inclusive da “bombo” como possível desde que empoderada.

    Sobre a parte da Ruth em si, acho que não precisa pensar demais. É a alegoria da mãe e filha, criador criatura, mas também de duas mulheres na vivência real do feminismo e a da descoberta do feminismo. Da mulher real, com a mulher idealizada. E, no limite, do humano com o simbólico.

      • dirlididi@lemmy.eco.br
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        1 year ago

        “Bimbo”. Erro do corretor do celular.

        É uma figura feminina bonita mas “estúpida”. O equivalente a loira burra da nossa sociedade. São estereótipo negativos da mulher.

  • berrodeguarana@lemmy.eco.br
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    1 year ago

    Não sei se cabe meu comentário, mas eu lembrei do filme do Coringa no que diz a “ok, vamos pegar esse personagem fictício e explorar ‘x’ e ‘y’ problemas na sociedade contemporânea que são muito graves e ninguém fala”

    Também lembrei do Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo , pois os dois parecem um sonho febril na transição constante entre comédia, ação, drama, musical, etc., e ambos exploram essas ideias de universos paralelos (de certa forma)

  • RePop@lemmy.eco.br
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    1 year ago

    Só tenho a comentar que o final do filme foi melhor do que deveria ser (do que eu esperava)